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Desenvolvido pelo ex-Googler Chris Wetherell e outros funcionários, o Google Reader era, em sua fase mais precoce, um experimento online para visualização e gerenciamento de feeds. Lançado para uso interno em 2005, o produto foi conhecido pelo codenome “Fusion” e procurava ajudar os funcionários a gerenciar a imensidão de informações geradas na Internet em uma única interface. Ainda naquele mesmo ano, o produto foi lançado ao público como um projeto do Google Labs e, de tempos em tempos, era constantemente melhorado com integrações, incluindo um widget para o iGoogle – também descontinuado. Em 2007, o Google Reader chegou a monitorar uma base de 8.000.000 de feeds e 70% do tráfego era de usuários do Firefox. Recursos sociais tornavam o produto numa “mini rede social” e permitia acompanhar os feeds compartilhados por amigos. Em 2011, porém, o produto perdeu suas bases sociais para ganhar uma integração mais próxima com o Google+. Com o recurso de compartilhar voltado exclusivamente para o projeto social, a estrutura para acompanhamento de feeds indicados se tornou praticamente inexistente. “Quando eles substituíram o botão de compartilhar por http://cyber-gamers.org/public/style_emoticons/default/451960.gif no Google Reader, ficou claro que este dia ia chegar”, disse Wetherell ao blog GigaOM. “Nós tínhamos um cartaz que dizia: # dias até o cancelamento”. O ex-funcionário comentou ainda que o Google Reader era uma base real para descobrir a afinidade entre os usuários e até havia uma poderosa possibilidade para uma monetização do serviço. “Havia tantos dados e tínhamos muita informação sobre os leitores e suas afinidades com certos conteúdos que sempre sentimos que havia oportunidade de rentabilização”, disse Wetherell ao lembrar que Dick Costolo (atualmente o CEO do Twitter) tinha planos para monetizá-lo. E o que impede o Google de liberar o Reader como um projeto aberto? Wetherell cita que o projeto utiliza os algoritmos do Google para fazer conexões e trazer recomendações e isso impede sua distribuição. “Os sistemas estão muito interligados com a busca do Google e outras infra-estruturas”, disse. Para Marco Arment, criador do Instapaper, a morte do Google Reader não deve ser vista como uma perda para a internet mas a possibilidade para que outras pessoas possam inovar e contribuir para o surgimento de novas ferramentas. “Finalmente veremos uma inovação substancial e concorrência em aplicativos e plataformas de sincronização RSS pela primeira vez em quase uma década”, publicou Arment em seu blog pessoal. A exemplo disso, o Digg informou hoje que começou a construção de uma plataforma parecida ao Reader e espera trazer parte dos recursos sociais (e APIs) que existiam no serviço. Outros sites como The Old Reader e Feedly já mostraram sinais de sobrecarga com a possível migração dos usuários. Fonte: TechTudo